As mais de 80 pessoas que foram assistir ao espetáculo da Genomma viram uma apresentação cheia de efeitos, emoção e homenagens >>>
Na último domingo (29), a Genomma fez um show de estreia do seu mais recente álbum "Como Reverter a Entropia do Universo" em Jundiaí, para mais de 80 pessoas que lotaram na Sala Cult, no Shopping Paineiras. A apresentação contou com telão, efeitos especiais e homenagens.
Foram exatos um ano, quatro meses e três dias longe dos palcos e o retorno para uma apresentação presencial pedia por algo especial. E foi o que a Genomma deu para o público presente: um show emocionante e cheio de questionamentos sobre saúde mental. "Nossa responsabilidade era muito grande, pois além de ser o show de retorno depois de tanto tempo, seria a estreia do nosso segundo disco", disse Felipe Schadt, vocalista e compositor. "E acho que conseguimos dar para as pessoas aquilo que nos propusermos a entregar: uma viagem para dentro de si", finaliza.
Todo o espetáculo foi feito de maneira independente. A banda alugou o espaço, utilizou da própria aparelhagem para o som, criou os elementos do cenário e se dedicou em todos os detalhes, como folders sobre o show, brindes, loja e venda de ingressos. "Contamos com a ajuda de amigos e familiares que fizeram questão de nos dar uma força e tanto", comentou o vocalista.
A equipe formada por Lucas Oliveira, Alec Salgado e Gustavo Bittencourt, ficou responsável pelas fotos e vídeos do show. Carol Brotto ficou no controle dos vídeos que apareciam no telão, enquanto Ana Paula Camargo administrou a loja que vendia camisetas e outros produtos da banda. Além disso, Diego Carminatti, Isabela Taliba, Tainan Franco, Rafael Testa e Leandro Soares Silva, completaram a equipe que ajudou no show que teve o apoio da Gráfica Rápida Max, da Flecha Filmes e da Mov8 Produções.
"O show foi especial em todos os sentidos, mas principalmente por estarmos de gente que lotaram um lugar só para nos dar apoio e amor. Foi mágico", finaliza Felipe Schadt.
O Show
As 15h30, o público já começava a chegar na porta da Sala Cult, dentro do Shopping Paineiras. Dentro da sala, a banda fazia os últimos ajustes no palco e na iluminação. Tudo estava pronto para a reestreia presencial da Genomma. Assim que as pessoas entravam, ganhavam um folder com informações sobre o espetáculo e um botton, brinde característico para quem vai aos shows da banda.
As 16h10 as luzes se apagaram e o telão preencheu a escuridão com a primeira grande mensagem da noite: a faixa "A última resposta", poema declamado por Felipe Schadt que encerra o álbum, mas que foi escolhido para abrir o show. Nele, a compreensão de que é possível reverter a entropia do universo, uma analogia à depressão que, com ajuda e tratamento, pode ser controlada.
Assim que as imagens e o poema terminaram, Thiago Foratori entrou com seu contrabaixo e entoou os acordes da música instrumental "Aurora", pavimentando o caminho para a entrada de Jeckson Fernandes e Fabi Bracco para o início avassalador de "Metade do Céu".
Foi quando o primeiro single do novo álbum ganhou volume na sala, que Felipe Schadt apareceu, inflando a plateia que respondeu com gritos e aplausos a entrada completa da banda. O show tinha começado.
Após toda a euforia da primeira música. Felipe se encaminhou para o teclado e agradeceu a presença de público. Na sequência, foi a hora de trazer de vez a reflexão sobre a depressão (tema central do recente trabalho da banda). "Essa música serve para refletirmos sobre o pior estágio da doença, a melancolia e que muitas pessoas, infelizmente, caem nela e não conseguem se levantar", foi o que disse Felipe antes de iniciar os acordes melancólicos de "A Terra Sob Mim (Eu Sei)".
Com um ritmo tranquilo, a música foi ganhando corpo aos poucos com a entrada dos outros instrumentos, até chegar na explosão do solo do Jeckson. Depois disso, foi nova calmaria até o fim da canção que culminou com o momento mais emocionante do show: uma homenagem a Cibele Schadt (prima do vocalista) que cometeu suicídio há 10 anos.
"Foi difícil não chorar, mas sei que muita gente chorou. Foi o que mais ouvi depois do show das pessoas que assistiram", comenta Felipe Schadt que após ouvir a plateia aplaudindo com respeito a homenagem, deu início a música seguinte, "Mar Aberto" que também tem traços tristes mas com um pouco mais de esperança de que a cura é possível.
O show teve seu ponto de virada assim que "Mar Aberto" deu espaço para "Fogo e Não Fagulha", hit da banda com mais de 13 mil plays só no Spotify. A música foi ganhando ritmo e peso logo na sua introdução e se encheu de energia. A Sala Cult havia voltado a gritar.
Enquanto a música rolava e a plateia interagia com palmas, Felipe jogou um balão para o público que o jogava para cima até que, voltou para o palco. Munido do seu botton, o vocalista espetão o balão e de dentro dele, papeis amarelos picados saíram voando sobre sua cabeça. A música teve um poder intenso sobre os presentes que não pouparam aplausos e gritos de excitação. Era o fim do primeiro ato do show.
Então foi a vez de "EUniverso" chamar o público para embarcar em uma nova viagem que culminaria em uma música do primeiro álbum da Genomma, "Munique". A canção terminou com um solo de Felipe cantando um trecho de "Giz", da Legião Urbana e com uma harmonia poderosa no retorno dos outros instrumentos com um solo Thiago Foratori no baixo.
"Quero dedicar essa próxima música aos meus alunos e alunas que vieram aqui hoje", disse Felipe que ouviu um sonoro grito vindo do meio da plateia. "E não vai valer nota isso, tá?", brincou o vocalista que também é professor. Assim se iniciava "Corpo", balada do álbum que fez as mais de 80 pessoas cantarem o refrão pegajoso. "Agora só eu e vocês", pediu o vocalista enquanto tocava o violão para a plateia cantar.
Foi o momento perfeito para fazer a segunda homenagem da tarde. Uma das maiores influências da Genomma, o Coldplay foi lembrado e "Yellow", um dos hits da banda inglesa, foi a música da vez do show.
Enquanto a galera aplaudia no final da música, Fabi Bracco entoou o início frenético de "Alma". Com fúria e elegância, a baterista da Genomma segurou o ritmo até a entrada de toda banda. A música teve seu ponto alto quando ela parou para que Felipe desse a seguinte mensagem "Eu sou o melhor de mim, meu universo não tem fim". O público repetiu em coro e a música retornou mais uma vez cheia de bateria.
Assim que ela terminou, o físico Stephen Hawking deixou uma mensagem para o público enquanto imagens do planeta Terra vista do espaço apareciam no telão. A mensagem era que deveríamos olhar para nós como uma unidade, afinal, moramos no mesmo lugar e se quisemos que esse lugar seja melhor, precisamos todos mudar o mundo. Foi então que "Prisioneiro de Mim", encerrou o show, com o maior lema da banda, #MudarOMundo.
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